O trabalho tem sido a causa de estresse e de muitos problemas dos indivíduos, embora esta fonte de esgotamento nem sempre seja percebida pelos mesmos.
O excesso de obrigações e tarefas diárias a serem cumpridas, somado ao ambiente extremamente competitivo, o qual impõe uma necessidade de o trabalhador ser o melhor em sua área, dentre diversas outras situações, tem adoecido homens e mulheres, das mais diversas faixas etárias.
A complexidade de sintomas surgidos de uma síndrome relacionada ao trabalho, dá-se o nome de Burnout. A seguir, saiba tudo sobre ela:
Afinal, o que é a síndrome de Burnout?
Trata-se de uma série de sintomas, psicológicos e físicos, desencadeados pelo ambiente (quase sempre “doentio”) de trabalho.
Além disso, são potenciais causas a presença de conflitos na empresa, metas a serem cumpridas, responsabilidade demasiada (inclusive emocional) e excesso de horas trabalhadas diariamente.
É muito comum que os trabalhadores experimentem sentimentos de inferioridade, esgotamento, incapacidade, dentre diversos outros. A clínica pode variar de indivíduo para indivíduo, e será discutida com mais detalhes a seguir.
Quais são os sintomas?
As dores de cabeça são queixas frequentes dos indivíduos com a síndrome de Burnout, e tendem a piorar no final do dia ou mesmo em situações de estresse.
O cansaço crônico, mesmo após o final de semana e/ou longos períodos de descanso pode ser percebido, e muitas vezes é relacionado pelo paciente a outras situações – como ao excesso de tarefas, má alimentação, sedentarismo, problemas no casamento, etc.
Além disso, as alterações do sono são percebidas, e em geral, a insônia é o mais comum – isto é, trata-se da dificuldade em manter uma noite de sono sem que ocorram interrupções.
Mas, estes não são os únicos sintomas, os trabalhadores também precisam ficar atentos a outros sinais:
- Tendência ao isolamento, tanto no grupo de trabalho como também familiar e entre amigos;
- Falta de vontade de sair de casa;
- Sentimento de derrota;
- Ausência de perspectivas ou crescimento;
- Mudanças constantes de humor, percebidas por quem está por perto;
- Dificuldade de concentração e também para realizar as atividades diárias;
- Dores musculares;
- Alterações de hábitos intestinais – podendo ter prisão de ventre e/ou diarreias;
- Sensação de aumento dos batimentos cardíacos;
Quem pode ter Burnout?
De uma forma geral, pode-se dizer que todos os profissionais estão sobre o risco de desenvolver a síndrome de Burnout.
Alguns estudos e pesquisar mostraram, recentemente, que algumas profissões são mais suscetíveis, como policiais, bombeiros, médicos, operadores de telemarketing, pilotos, cuidadores, e outros.
Sendo assim, todas as profissões merecem atenção e cuidado psicológicos, visando à prevenção da síndrome.
Tratamento de Burnout
A síndrome de Burnout precisa ser reconhecida como uma patologia que acomete a mente, e assim como todas as doenças do organismo, merece tratamento e cuidados médicos.
O diagnóstico é feito por médicos, em alguns casos requer-se o apoio do especialista, que é o psiquiatra, principalmente para diferenciar de outras doenças, como depressão.
O tratamento é feito a partir da retirada do fator estressor, bem como com mudanças de hábitos de vida. Para isso, deve-se:
- Priorizar momentos de lazer;
- Respeitar o período de férias, sem vendê-las ou ocupá-las com outras atividades laborais;
- Investir na higiene do sono;
- Evitar consumo de álcool;
- Praticar atividades que tragam prazer;
Também, cabe ao médico decidir se há necessidade do uso de medicamentos. A terapia com um psicólogo é uma excelente aliada, tanto para prevenir como tratar pacientes com síndrome de Burnout.
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